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sábado, 29 de setembro de 2012

LOULÉ




Com o valioso contributo da arqueologia sabe-se, hoje, que a presença do homem no Concelho de Loulé remonta ao Paleolítico Antigo. Nos milénios seguintes, no período da Era dos Metais, intensifica-se a incursão dos povos do Mediterrâneo Oriental, que progressivamente penetram no Sudoeste Peninsular, culminando com a chegada dos Fenícios e dos Cartagineses. Estes fundaram as primeiras feitorias na orla marítima do território do actual concelho, promovendo a pesca, a prospecção da metalurgia e a actividade comercial. A partir dos meados do século II a.C., após a Segunda Guerra Púnica, os Romanos dão novo impulso às actividades económicas desenvolvendo a indústria conserveira, a agricultura e a exploração mineira do cobre e do ferro.Com a conquista dos Muçulmanos, no século VIII, nasce a urbe medieval que virá a gerar a cidade histórica actual. Al-'Ulya' (Loulé) é-nos descrita, pela primeira vez, nas vésperas da reconquista cristã, nas crónicas árabes de Ibne Saíde e Abd Aluhaid como sendo, uma pequena Almedina (Cidade) fortificada e próspera, pertencendo ao Reino de Niebla, sob o comando do Taifa Ibne Mafom. Em 1249, D. Afonso III auxiliado por D. Paio Peres Correia, Cavaleiro e Mestre da Ordem de Santiago, conquista o Castelo de Loulé aos "mouros" fazendo a sua integração plena na Coroa Portuguesa, no momento em que concede o primeiro Foral à "Vila" em 1266. No período dos "Descobrimentos e Expansão Marítima", a região do Algarve, nomeadamente Loulé, inicia um novo ciclo de crescimento económico. A actividade comercial foi reanimada. Na primeira metade do século, durante o reinado de D. João V, Portugal viveu um clima de prosperidade económica sustentado pelo ouro do Brasil. Tirando proveito da actividade artística e cultural inserida no espírito do Barroco, o interior das Igrejas e Capelas da Vila são enriquecidas e valorizadas com excelentes retábulos em talha dourada e em azulejaria, obras que foram executadas pelos melhores artífices da região e fábricas do País. O terramoto de 1755 destruiu grande parte da Vila de Loulé.

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